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Governo do Estado e Prefeitura negam extinção de linhas de ônibus em Salvador

A prefeitura de Salvador e o governo do estado negaram nesta terça-feira (27) a redução de linhas de ônibus na capital baiana por conta do metrô.A retirada das linhas foi acertada em um contrato assinado em 2013 entre o município, governo do estado e a cidade de Lauro de Freitas. Todo o sistema deveria ser integrado, sem concorrência. Para isso, todas as linhas de ônibus, que passam por mais de duas estações do metrô deveriam ser extintas, tanto na capital baiana quanto em Lauro. Contudo, o contrato não determinou quantas linhas seriam removidas.

Segundo o Ministério Público da Bahia (MP-BA), a polêmica hoje está em torno da retirada de oito linhas, que concorrem com o metrô na região da Avenida Paralela e que transportam cerca de 86 mil passageiros por dia. Os coletivos partem das Estações Pirajá e Mussurunga com destino a bairros como Barra, São Joaquim e Bonfim.

Em setembro do ano passado, foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), para fazer o cálculo da tarifa de integração ônibus-metrô. Neste TAC, uma empresa também foi contratada para verificar o melhor cenário econômico para esse funcionamento. Mas, de acordo com o estudo, algumas estações do metrô vão precisar passar por uma remodelagem para acomodar o aumento dos passageiros.Nesta terça, o prefeito de Salvador, ACM Neto, disse que todas as linhas que faziam concorrência com o metrô, 77 ao todo, foram extintas ou remanejadas até setembro do ano passado. ACM Neto garante que nenhuma das oito linhas apontadas pelo estudo vai ser extinta justamente porque, segundo ele, as estações de metrô não comportam este aumento de passageiros.

“Essas linhas troncais não geram concorrência do metrô. Portanto, não há nenhum descumprimento por parte da prefeitura, do contrato que foi assinado em 2013. A exclusão dessas linhas prejudicaria, no minímo, se estivéssemos falando das 8, cerca de 86 mil pessoas todo o dia, que dependem dessas linhas, que ficariam desassistidas. As estações de transbordo hoje não comportam e eu não vou permitir que aconteça”, disse ACM Neto.

A extinção das linhas de ônibus teria sido um pedido do governo do estado. Em nota, a Secretaria da Comunicação do Governo do Estado assegurou que nenhuma linha vai ser extinta, nesta etapa da integração, e que o que está em andamento é a reestruturação das linhas da capital. A necessidade de remodelar as estações não foi comentada.

A promotora Rita Tourinho, do MP, contou que entende a necessidade da retirada das linhas, mas que isso não pode ser feito com prejuízos para os passageiros.

“Existe um cenário que deve ser adotado de integração, que ainda necessita da reestruturação de uma série de linhas que vem sendo feito gradativamente pelo município, mas a grande discussão hoje é exatamente essa retirada das chamas linhas troncais, que são em número de 8, da Avenida Paralela. Nós entendemos que existe o contrato de programa que fala das retiradas das troncais o que leva à necessidade dessa retirada, mas também nós entendemos que essa retirada tem que ser gradual, porque a população não pode sofrer com essas modificações”, afirmou. ( Fonte: Jornal Correio – 28/11/2018)

 

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